4 formas de sentir-se mais livre no casamento

4 formas de sentir-se mais livre no casamento

Casamento. Está aí um dos temas mais recorrentes de divergências, dilemas e dificuldades em nossa vida. Relacionamentos, em geral, são complexos, mas o amoroso é, sem dúvida, o enlace que mais causa desconforto e aprendizados. Isso porque quando nos relacionamos com o outro, colocamos nós mesmos à prova. O outro nos serve como um espelho, que reflete tudo o que somos. Quanto mais temos coisas boas, mais amamos o outro, porque ele reflete nosso brilho. No entanto, quando o ele, por qualquer motivo, reflete mais as nossas imperfeições e sombras, mais tendemos a ter dificuldade de nos relacionarmos. Por essa razão que casamento, quase sempre, é enxergado como uma prisão, como algo duro, sem flexibilidade, difícil. Basta olhar as estatísticas altíssimas de divórcios e litígios. Mil piadas existem em torno do tema. Preferimos, muitas vezes, fazer piada ao invés de olhar para nós. Mas, para nós? Não seria olhar para o outro? Não, não. Para nós! Para termos liberdade no casamento, precisamos, primeiro, olhar para nós mesmos, pois só a partir do momento em que nos conhecemos profundamente, e curamos nossas feridas, poderemos nos relacionar bem com o outro. Veja algumas dicas de como conquistar o casamento dos seus sonhos.

1 – Aumente sua auto-estima Quanto mais baixa é a auto-estima, mais dificuldades enfrentamos no casamento. Isso porque, com baixa auto-estima a pessoa não tem as sensações internas resolvidas, aí sente a todo instante medo de perder, carência e insegurança. Assim, vai aceitando viver em casamentos que são verdadeiras prisões, já que não colocam limites, não se valorizam e fazem de tudo só para outro, anulando-se completamente. O caminho para ter mais liberdade no casamento é um só: tratamento emocional. É preciso tratar as feridas internas, descobrir os traumas, entender os gatilhos de rejeição, carência, medo de perda e abandono. Só quando tratamos essas feridas é que conseguimos ter um relacionamento mais saudável. Afinal, é preciso amar mais a nós mesmos, em primeiro lugar, para depois poder amar o outro.

2 – Aprender a dizer “não” Muita gente não sabe dizer “não”, por que tem medo da reação do outro. “E se ele não gostar de receber um não?”, essa é uma pergunta muito comum. É provável que as pessoas não gostem de ouvir “não”, já que ter nossos desejos negados é uma afronta para o ego. No entanto, aprender a dizer “não” é essencial para ter um casamento com maior liberdade. Existem várias formas de falarmos “não”, sem entrarmos em brigas. O diálogo continua sendo a melhor alternativa: falar claramente sobre os pontos que para você são errados, sem levantar o tom de voz, usando uma comunicação não violenta, é sempre a melhor saída. Falar para o marido/a esposa quais são seus pontos inegociáveis, relativos a valores, crenças e verdades é necessário para que se conheçam e para que nenhum dos dois avance o sinal, insistindo naquilo que faz mal. Comunicação clara e direta salva casamentos!

3 – Aceitar a opinião alheia Existem alguns pontos que são simplesmente inegociáveis para nós. Temos valores, crenças e verdades que nada nem ninguém do mundo vai mudar. Isso é compreensível e aceitável. No entanto, há algumas opiniões do marido ou da esposa que podem ser ponderadas. É preciso sempre avaliar com calma e frieza de sensações o que o parceiro diz, pois em um primeiro momento temos a tendência a discordar, sobretudo se a questão nos incomoda de alguma forma. No entanto, se fazemos o exercício de repensar, de olhar por um outro ângulo, de deixar para refletir em outro momento, quando a situação não está tão quente no nível das sensações, é possível que a opinião alheia faça algum sentido. Relacionamentos são excelentes formas da gente praticar o bom senso e desenvolver a arte da escuta. Ou melhor, desenvolver a arte do diálogo, em que um fala, escuta o outro, fala, escuta o outro.

4 – Tome decisões Uma coisa muito importante para um casamento, para que as pessoas não se sintam presas, é o poder de decisão. Não importa qual seja a decisão, se você escolhe por A ou escolhe por B, desde que isso faça bem a você e tem a ver com seus valores, pronto, está bom. O que não pode é ficar em cima do muro, ficar omissa e deixar o outro decidir tudo por você. Afinal, um casamento é feito por duas pessoas, duas opiniões, dois desejos e ambos podem – e devem – terem poder de escolha. Por exemplo, se o companheiro traiu a esposa. A pergunta sempre é: “qual é a sua decisão em relação à atitude dele?”. Precisa tomar uma decisão e agir, não pode simplesmente ficar à mercê do que ele fez. Afinal, não dá para interferir no que o parceiro faz, mas temos total controle sobre nossas atitudes. Então, o que será feito? Vai decidir perdoar? Ou não? Vai realmente se separar? Vai arrumar formas de passar por cima disso e voltar a confiar? Enfim, terá que decidir! O que não dá é ficar sofrendo pela decisão do outro sem fazer nada, porque aí ficamos à mercê da opinião e da decisão alheia. Da mesma forma que o outro em poder de escolha, nós também temos.