Por que é tão difícil mudar?

Eu sei que fumar faz mal, mas não consigo parar. Eu sei que como demais e que poderia emagrecer, mas não me esforço para isso. Eu sei que refrigerante acaba com os ossos, mas sou viciada naquele líquido preto cheio de açúcar.

Quantos de nossos dilemas mais difíceis poderiam ser resolvidos por nós mesmos? Afinal, o que é preciso para vencer algo? Quais são as munições necessárias para transformar hábitos? Por que é tão difícil mudar?

Mudar requer desapego. É preciso sair da zona de conforto habitual, onde já se conhecem as sensações, o lugar comum, no qual as emoções já são usuais. Ao romper com velhos padrões nos jogamos no desconhecido. E esse desconhecido do campo emocional amedronta, congela, paralisa.

Muitos de nós não quer correr o risco de lidar com questões, como ansiedade, medo, aflição, solidão e tantas outras sensações difíceis de serem deglutidas. Assim, preferimos continuar nos velhos hábitos, que sabemos que não fazem bem algum. Por que ao mudar, mesmo sabendo que pode ficar ótimo depois, vai doer no começo.

Porém, é perigoso viver uma vida recheada daquilo que é danoso. Por que, além de promovermos uma autosabotagem, ainda vamos nos deteriorando a cada dia, aumentando nossa culpa, cobrança e autopiedade. “Eu não consigo”. “Não sou capaz”. “Isso é mais forte que eu”. Frases como essas rondam nossas cabeças a todo instante.

Mas, oras bolas, quem é que manda no nosso nariz? Quem é responsável por nossa vida? Quem determina o rumo de nosso caminho? Nós mesmos! Não há outra pessoa.

Muitas coisas são possíveis de serem mudadas, simplesmente se adotarmos algumas técnicas certas e, sobretudo, se usarmos a nossa força de vontade com empenho.

Mudar de vida e de hábitos não é fácil, requer um salto emocional grande. Mas, nada na vida é ganho sem esforço mesmo. Depois, como o tempo, vem aquela deliciosa sensação de recompensa e o sentimento de que nós é que governamos a nossa vida vale a pena cada obstáculo enfrentado. E aí, tá a fim?