Seja quem você realmente é

Parece que a todo momento estamos querendo provar que somos bons. Em rodas de mães tentamos elevar nossos feitos maternos, a fim de sermos consideradas excelentes mães. No Facebook postamos, normalmente, a melhor receita que fizemos na cozinha, a boa performance na corrida diária ou a declaração de amor homérica que fizemos ao marido. Na reunião da escola, estamos novamente lá expondo nossas qualidades como pais enquanto educadores de nossos filhos.

Ou seja, a todo momento estamos fazendo cena. É como se nascêssemos com uma obrigação de prestar contas, de competir, de sermos bons o suficiente. Mas, contra quem mesmo que estamos lutando? Estamos correndo de quê ou até onde? Qual é o objetivo desse desgaste cênico todo? Nem sabemos ao certo, esse é o pior.

A todo momento queremos a aprovação alheia, no objetivo de sermos aceitos e ganharmos amor. Que todos precisamos disso é fato e bobagem das grandes negar. Entretanto, viver compondo personagens é quase que impossível. Uma hora, a gente nem sabe mais quem somos e aí se instala uma outra crise, ainda mais dolorosa, a de identidade. Quem sou eu?

Uma forma bastante eficaz de tentar apaziguar essa busca por aprovação é ter em mente quem somos e quanto valemos. Aceitar-nos com as qualidades e defeitos, que todos temos, aliás, é tiro e queda para sermos mais seguros no que fazemos. Além disso, ao passo que passamos a nos aprovar, sem esperar tanto do outro, conseguimos ser mais livres e espontâneos.

E aí, na espontaneidade, deixamos sair o melhor de nós, o que normalmente faz com que as pessoas gostem mais da gente. Por que o que brilha no indivíduo é a capacidade de ser único, aquilo que só ele tem, aquele diferencial, a estrela que cada um trás consigo quando nasce. Portanto, conheça-se mais, saiba mais seus gostos, seja mais autêntico e tenha certeza que a aprovação de que você precisa pode vir mais facilmente.