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Limites e frustrações importantes para o desenvolvimento da criança!

Relacionamento entre pais e filhos é sempre uma questão complexa e delicada. Pesquisas apontam que a base da relação vem mudando  e para melhor. Uma comunicação mais aberta e acessível tomou o lugar de comportamentos rígidos e difíceis. Porém, analistas comportamentais afirmam que os filhos reprimidos de gerações passadas tornaram-se os pais desorientados de hoje. Ao mesmo tempo tempo em que os pais começaram a dar mais abertura para os filhos, enfrentam dificuldades para encontrar a melhor conduta sem perder as rédeas. Afinal, a imposição de limites é importante na formação de uma criança? Por que muitos pais tem dificuldades para dizer NÃO aos seus filhos? Os pais devem evitar a frustração da criança? A psicóloga clínica Claudia Helena Bertoli Monteiro explica que, no tempo dos avôs, a forma de educar era baseada no autoritarismo. Os pais eram rígidos, controladores e pouco afetuosos. Faziam uso de ameaças e castigos físicos diante de qualquer tipo de desobediência e não havia explicações para as razões de suas imposições. Como consequência, as crianças cresceram tímidas, reprimidas, rebeldes, com dificuldades para argumentar, tomar decisões, resolver conflitos e expor sentimentos.

Posteriormente, em oposição a esse autoritarismo, surge a geração de pais permissivos  quase não há regras, limites ou responsabilidades. “São pais tolerantes e indulgentes, que cedem a todos os apelos e desejos dos filhos”, explica Claudia. “Esse comportamento tem gerado crianças e adolescentes imaturos, ingratos, impulsivos e sem responsabilidades”.

Há ainda uma terceira categoria: os pais negligentes. Além do pouco tempo de convívio, há a ausência de envolvimento na vida dos filhos, pouca demonstração de afeto e escassa imposição de limites. As crianças apresentam depressão, baixa autoestima, insegurança, vulnerabilidade ao uso de drogas, à infração de Leis e à promiscuidade sexual, explica a psicóloga.

Segundo Claudia, essa insegurança dos pais também é consequência de mudanças sociais. A entrada da mulher no mercado de trabalho fez com que ela assumisse uma diversidade de papéis: cuida da casa, é esposa, mãe, profissional. Diante de tantas responsabilidades, ela se depara com conflitos internos, principalmente no que diz respeito a educar e impor limites. “Muitos pais sentem-se culpados pela ausência na vida dos filhos devido à correria do dia a dia. Por isso ficam penalizados em estabelecer limites e acabam cedendo aos apelos dos filhos por medo de magoá-los”, observa. “Não entendem que o não é fundamental para o desenvolvimento da criança. Ao tentar promover a felicidade dos filhos a qualquer custo, os pais bem intencionados acabam errando. Para o amadurecimento é preciso frustrar. E para isso é necessário colocar limites, regras ou dizer não, sempre explicando os motivos”, reforça. Classificar a educação da criança como responsabilidade dos pais ou da escola é outro ponto relevante. Cada um tem seu papel, nenhum substitui ou se sobrepõe ao outro. A autoridade dos pais e educadores implica respeito e passa segurança para os filhos. Quando uma ordem é dada ou um limite é estabelecido, é sempre necessário apresentar uma explicação sobre a sua necessidade. “Pais participativos são os que mantêm uma relação de equilíbrio, respeito e compreendem as necessidades e opiniões dos filhos. Colocar limites é um ato de amor, uma forma importante de cuidar e proteger”, enfatiza a psicóloga Claudia.

Por que permitir a frustração?

A criança precisa se dar conta de que a frustração é inerente ao ser humano e precisa aprender a lidar com esse sentimento. É um aprendizado e depende da ajuda dos pais. Ao tentar satisfazer todos os desejos dos filhos, os pais fazem com que eles tenham mais dificuldades para tolerar as frustrações no decorrer da vida. O resultado disso é tornarem-se crianças birrentas, sem paciência e, possivelmente, adolescentes angustiados, que diante de qualquer adiamento das satisfações, tendem a sofrer muito. Impor limite a uma crença é fazer com que ela se frustre, e isso é necessário para que ela aprenda a tolerar as frustrações decorrentes dos limites impostos pela realidade.

O que fazer em situação de conflito?

Os pais não devem solucioná-lo de imediato. É importante garantir à criança a oportunidade de pensar e incentivá-la a buscar a melhor forma de agir naquela situação sem prejudicar a si nem ao outro. Os resultados dessa relação são os mais positivos possíveis, pois ajudam a criança a ter maior autoestima, autocontrole, autonomia e a formar valores sociais que guiarão sua conduta. É necessário que os pais aceitem o sofrimento dos filhos diante de suas frustrações, assim estarão permitindo que se desenvolvam. Tentar poupá-los dessas experiências é prejudicá-los.

Quando acontece a primeira frustração?

O primeiro contato que a criança tem com a frustração acontece no momento do parto e na ruptura do cordão umbilical. Até então, o bebê vivia em um ambiente aconchegante, confortável. O útero materno era o local onde suas necessidades eram satisfeitas em tempo integral. Ao nascer, ele vive a experiência do adiamento da satisfação de suas necessidades. Aí é o momento de aprender a tolerar a frustração. Quando o bebê sente fome, ele se frustra, então chora. A mãe atribui um significado a esse choro e o amamenta. Estabelece-se uma relação sutil e importante comunicação mãe/bebê  esse é o inicio da educação. Por isso é fundamental que a mãe aguarde que o filho a solicite no período de amamentação. Se o bebê não chora é porque não sente fome, então para que amamentá-lo sem que ele queira?

Lizandra Arita

Graduada em Psicologia pela Universidade Bandeirante de São Paulo e em Engenharia pela FEI, Lizandra Arita é também psicóloga Institucional e Clínica, atuando desde 1998 (22 anos) em treinamentos de autodesenvolvimento. Especialista em PNL (Programação Neuro Linguística), Hipnose e Autohipnose, Rebirthing, Psicodinâmicas, Gerenciamento de Emoções e Conflitos, Lizandra é especialista em casos de depressão, ansiedade, processos emocionais ou comportamentais, problemas de relacionamento, fobias, pânico e transtornos obsessivos compulsivos.

Entre suas especializações, Lizandra tem formação em cursos de aperfeiçoamento de Master Practitioner pela SBPNL, Disney’s Approach to Quality Service (Disney Institute), Os Segredos da Mente Milionária (T. Harv Eker), Unleash the Power Within (Anthony Robbins), Hipnose & Auto-Hipnose (Instituto AmanheSer), Formação Profissional em Renascimento (Instituto Renascimento), Rebirthing (Instituto Sinergia),Grupo Dirigido de Psicodinâmica em Negócios (Cogni MGR), The Healing Potential of Non-Ordinary States of Consciousness (Stanislav Grof), Movie Yoga – Turning Your Life into an Epic Adventure (Tav Sparks), The Adventure of Self-Discovery/A Holotropic Breathwork Experience (Stanislav Grof e Tav Sparks), Gerenciamento de Emoções e Conflitos (Cogni MGR) e Psicologia Pré e Peri Natal (ACT Institute).

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