A importância do silêncio

Embora tenhamos saído, primeiramente, de um ambiente silencioso, com cada célula sendo gerada e se multiplicando quase que exclusivamente sob sons fisiológicos do corpo de nossas mães, não somos acostumados ao silêncio. Sobretudo nesses tempos modernos, viver no silêncio é como andar numa contramão de estímulos auditivos. Somos convidados a todo o momento a estarmos em barulho. iPods nas orelhas, festas barulhentas, trabalhos falantes, comunicações exacerbadas nas redes sociais. Até quando não se fala, não se está quieto.

Ocorre que o silêncio é o início do bem-estar. Só quando nos calamos é que conseguimos ouvir a nossa própria voz. O que não é fácil, convenhamos, afinal o que temos para dizer a nós mesmos às vezes é duro o bastante para que liguemos automaticamente o rádio ou liguemos para um amigo. Entretanto, fazer o necessário exercício de mais ouvir do que falar é fundamental para nossa saúde física e mental.

Na pausa entre os sonos, a mente é ativada e se dá o pico da atividade cerebral. Não é à toa que quando estamos em níveis de silêncio e quietude, como no estado alfa, aquele delicioso momento entre o estar acordado e dormindo, é que temos as melhores ideias e os maiores insights. É nosso intelecto enviando mensagens criativas a uma velocidade incrível. Não se proporcionar o silêncio é perder excelentes oportunidades não só de ação, com ideias brilhantes, mas também de se autoconhecer.

E engana-se que silêncio seja apenas fechar a boca. Isso até que é fácil, difícil mesmo é silenciar a mente e aquietar o coração a ponto de entender as mensagens enviadas dos níveis mais profundos de nosso cérebro. Invariavelmente, temos uma tendência a nos autoboicotar nessas horas. Mas, com esforço, um pouco de treino e direcionamento, é possível praticar isso, sim! São várias as formas: ioga, meditação, análise, terapias diversas. Para encontrar a melhor forma de cada um, basta experimentar. Tente! A recompensa vem, pode acreditar ?