Como a Inteligência Emocional ajuda a entender pessoas carentes demais de atenção?

Carinho e atenção são essenciais na vida de todos nós, não é mesmo? Precisamos de doses diárias de demonstrações afetivas e sinceras das pessoas que mais gostamos, seja na vida pessoal ou profissional. Quando isso ocorre, tudo flui melhor e nossa autoestima é elevada. Porém, quando não recebemos o que esperamos, podemos nos tornar pessoas carentes e isso pode gerar outros transtornos no dia a dia.  E se você passa por uma situação assim, não é o (a) único (a).

Perceba em seu círculo de amizades fora do trabalho, por exemplo. Quantas pessoas, aparentemente, precisam de demonstrações de carinho para realizarem algum tipo de ação? Quantos homens e mulheres, dentre seus amigos, são classificados como pessoas carentes? Muita gente é literalmente dependente afetivamente de provas de carinho e atenção de terceiros.

O ponto principal é que a carência afetiva pode se tornar um grave problema, com o surgimento de cobranças psicológicas acima do comum e um medo exacerbado de solidão e rejeição. Acaba se tornando uma questão de dependência emocional afetiva, um quadro também relacionado às expectativas frustradas e aumento da vulnerabilidade da pessoa. É justamente neste ponto que a inteligência emocional trabalha.

Inteligência emocional x carência afetiva

Através de estratégias e ferramentas personalizadas, a inteligência emocional é um trabalho psicológico (realizado através de treinamentos e cursos) que avalia as causas da carência afetiva e busca alternativas motivacionais para que a pessoa aprenda a lidar com tal quadro. Como resultado esperado, objetiva a superação do problema de maneira definitiva, trabalhando as emoções em prol da própria evolução da pessoa.

A inteligência emocional é uma ótima alternativa para pessoas carentes. Isso acontece por um motivo bem simples: tal trabalho vai a fundo às causas do problema e o tratamento é personalizado, especificamente considerando as individualidades, relações, personalidade, passado e objetivos a curto, médio e longo prazo de cada pessoa. Para tal, como em todo quadro psicológico, o primeiro passo é a identificação de suas causas.

Pessoas carentes: quando o problema tem início?

Como acontece com quase todos os problemas psicológicos, a carência afetiva tem nascimento na infância. Pessoas carentes (adultos) foram crianças que não receberam o carinho e atenção esperados. Meninos e meninas que tiveram suas expectativas afetivas frustradas de alguma forma, seja pelo afastamento dos pais, ausência de amigos próximos e outros fatores. É um quadro comum, por exemplo, em adultos que foram abandonados quando crianças, ou mesmo que sofreram rejeições traumáticas.

Porém, um ponto importante e que merece ser destacado é que o excesso de afeto também pode levar a um quadro de carência afetiva. Parece contraditório, mas não é. A gente explica: crianças que receberam muito afeto/carinho durante a infância podem se frustrar, quando chegam à fase adulta, quando não obtêm a mesma intensidade de afeto/carinho de terceiros. Uma expectativa que não é atendida, não é suprida.

10  sintomas mais comuns de pessoas carentes

1. Dependência de terceiros: a pessoa carente condiciona sua felicidade a demonstrações de carinho e afeto de amigos, familiares e colegas do trabalho;
2. Solidão: é desenvolvido um medo exacerbado de ficar sozinho, em qualquer situação pessoal ou profissional. A pessoa não se sente bem quando não tem alguém ao lado;
3. Chamar a atenção passa a ser uma necessidade, algo rotineiro;
4. Vitimização: tem como objetivo comover outras pessoas, buscando assim uma demonstração de carinho/afeto como resposta;
5. Dificuldade nos relacionamentos: a pessoa carente não suporta não ter suas expectativas atendidas a todo o momento, todos os dias. Desta maneira, tem dificuldade de passar por crises e os relacionamentos são afetados;
6. Ciúme excessivo e sufocamento: uma necessidade acima do mundo de controlar pessoas próximas, também devido ao medo da solidão;
7. Aceitação sem critérios: pessoas carentes aceitam se relacionar com outros (as) que demonstram o mínimo de carinho. É reflexo do desejo de querer alguém ao seu lado e do medo da solidão;
8. Comparação constante com terceiros devido ao medo da inferioridade;
9. Cobrança excessiva;
10. Dificuldade em dizer “não”: a pessoa que sofre de carência afetiva tem medo de negar qualquer tipo de pedido, mesmo que este interfira em sua vida pessoal/profissional. É um sintoma relacionado ao medo do afastamento, de gerar frustração a terceiros.

Carência afetiva tem solução!

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