Como ajudar uma pessoa que foi molestada sexualmente | Arita - Treinamento de Inteligência emocional

Como ajudar uma pessoa que foi molestada sexualmente

Como ajudar uma pessoa que foi molestada sexualmente

Como ajudar uma pessoa que foi molestada sexualmente

Segundo o 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em setembro deste ano, foram 66 mil vítimas de estupro no Brasil em 2018. Aqui, não nos aprofundaremos em questões políticas ou de segurança, mas como podemos ajudar uma pessoa que foi molestada sexualmente. Ninguém pode prever vivenciar algo desta complexidade, mas podemos fazer a nossa parte quando alguém decide compartilhar algo tão sério e traumático conosco.

O que significa “molestar”

De acordo com o Dicionário Online de Português, molestar significa:

  1. Abordar alguém ilegal e inapropriadamente, com intensões sexuais; assediar. Exemplo: Foi acusado de molestar as funcionárias;
  2. Ocasionar doença em; atingir. Exemplo: Sua fraqueza a molestou;
  3. Causar aborrecimento, ferimento. Exemplo: O sapato molestava seu pé;
  4. Fazer com que alguém se sinta ofendido; ofender. Exemplo: molestava-a durante o trabalho; molestou-se com suas mentiras.

Geralmente, quando a palavra molestar é utilizada, refere-se à conotação sexual. Infelizmente, muitos casos ultrapassam a moléstia e se tornam estupros.

Como ajudar uma pessoa que foi molestada sexualmente

Antes de mais nada, é importante saber que quando uma vítima de abuso sexual se abre com você ela precisa se sentir acolhida. Questionamentos e comportamentos que podem ser inofensivos para você, podem ser agressivos para quem acabou de enfrentar o maior trauma de sua vida.

Para ajudar uma pessoa que foi molestada sexualmente, é importante você tentar se colocar no lugar do outro, mesmo sabendo que jamais terá noção do que a vítima vivenciou. Algumas recomendações podem te orientar diante de uma situação como esta:

  1. Deixe a vítima à vontade para falar com você sobre o que tem vontade. Apenas escute. Não faça questionamentos para saber o que aconteceu, como tudo ocorreu, julgar, tampouco tente resolver, pois isso não cabe a você. Ela irá compartilhar contigo o que se sentir confortável para tal.

Se solidarizar e dizer “Sinto muito pelo que aconteceu”, “O que posso fazer para te ajudar?” ou “Estou aqui para o que você precisar” podem ter feito mais assertivo.

Pode acontecer de as sobreviventes estarem guardando o trauma por tanto tempo que acabam desabafando com a primeira pessoa que se aproxima. Mesmo que você não seja próximo dela, apenas escute e tente acolher.

  1. Não cabe a você resolver a situação. Quando sabemos que aconteceu algo ruim com alguém que amamos, é nosso instinto indagar o máximo possível para entender o ocorrido e tomar providências.

Neste caso, quanto menos você perguntar, melhor. Reviver todos os detalhes para responder suas perguntas será extremamente doloroso, por isso deixe que a pessoa compartilhe com você somente aquilo que a deixa confortável.

  1. Não julgue a vítima. Jamais pergunte “O que você estava vestindo”, ou “Você demonstrou interesse”, ou “Você estava bêbada?”. Esse tipo de questionamento coloca a culpa do que houve em cima da vítima – e nada justifica o comportamento do autor do crime.
  2. Nada de violência. Comentários do tipo “Onde ele está?” ou “Vou quebrar a cara dele” podem fazer com que a vítima se sinta culpada por compartilhar algo tão grande e desgastante com você.
  3. Respeite a vítima e guarde a história para si. Se a pessoa compartilhou com você o trauma vivido, isso significa confiança. Respeite a privacidade dela e não comente nada com ninguém, isso não cabe a você.

Por mais difícil que essa situação seja, mostre que você se importa e quer ajudar.

Crédito: cindygoff / / Tipo de licença: Royalty-free / Coleção: iStock / Getty Images Plus

Lizandra Arita

Graduada em Psicologia pela Universidade Bandeirante de São Paulo e em Engenharia pela FEI, Lizandra Arita é também psicóloga Institucional e Clínica, atuando desde 1998 (22 anos) em treinamentos de autodesenvolvimento. Especialista em PNL (Programação Neuro Linguística), Hipnose e Autohipnose, Rebirthing, Psicodinâmicas, Gerenciamento de Emoções e Conflitos, Lizandra é especialista em casos de depressão, ansiedade, processos emocionais ou comportamentais, problemas de relacionamento, fobias, pânico e transtornos obsessivos compulsivos.

Entre suas especializações, Lizandra tem formação em cursos de aperfeiçoamento de Master Practitioner pela SBPNL, Disney’s Approach to Quality Service (Disney Institute), Os Segredos da Mente Milionária (T. Harv Eker), Unleash the Power Within (Anthony Robbins), Hipnose & Auto-Hipnose (Instituto AmanheSer), Formação Profissional em Renascimento (Instituto Renascimento), Rebirthing (Instituto Sinergia),Grupo Dirigido de Psicodinâmica em Negócios (Cogni MGR), The Healing Potential of Non-Ordinary States of Consciousness (Stanislav Grof), Movie Yoga – Turning Your Life into an Epic Adventure (Tav Sparks), The Adventure of Self-Discovery/A Holotropic Breathwork Experience (Stanislav Grof e Tav Sparks), Gerenciamento de Emoções e Conflitos (Cogni MGR) e Psicologia Pré e Peri Natal (ACT Institute).

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