Não chore pelo leite derramado

Muitos dizem por aí o clichê “melhor se arrepender só do que não fez”. Mas, a verdade é que muitos de nós arrependemo-nos, sim, pelos atos do passado e nos martirizamos por isso. Muito normal pensar que tudo poderia ter sido diferente, quando estamos de fora do fato, julgando o passado com as condições emocionais de hoje. Ocorre que cair nesse conceito é cilada, já que todas as coisas que fazemos e as decisões que tomamos, sempre tentamos acertar.

Cada um age como pode. Há um ensinamento budista que diz “o que é, é”. Isso mesmo. Muito simples. O que é, simplesmente é. Então, se tomamos uma decisão, se fazemos uma escolha, se damos um passo – e depois julgamos certo ou errado o fato é que isso já foi, já aconteceu e não há mais como mudar.

É lógico que as decisões podem, e devem, ser levadas em consideração ou ponderadas, mas isso apenas no momento presente. Lamentar-se por algo que já foi não adianta, pois só consome energia e faz com que os pensamentos fiquem remoendo na mente, causando dor e ansiedade. A frase mais comum e que fica martelando sem cessar na cabeça é: “Se tivesse feito de outro jeito, tudo seria diferente”. Acontece que na hora, no momento da ação, não deu pra ser diferente.

O importante é deixar o sentimento do arrependimento que não é nada saudável pra lá. Tentar se desfazer dele todas as vezes que ele vier à cabeça é o jeito mais certeiro de amenizar a sensação ruim. Julgar as decisões do ontem com base na condição emocional de hoje não funciona e só serve para causar mais agonia. Liberte-se deste pesar e tente ponderar mais nas próximas decisões. Esteja convicto de suas escolhas e que elas são as melhores que você faz no momento oportuno. Assim, você consegue manter esse fantasma indesejado do arrependimento mais longe.