Você dá liberdade à sua criança?

Por que os adultos tendem a “apagar” seu potencial criativo e inovador? Na fase adulta é acionado algum botão que neutraliza os impulsos criativos remanescentes da infância? O quanto você tem permitido que a sua criança atue? Isso mesmo! Aquela criança que você foi um dia, que defendia seus sonhos e desejos, que persistia e conquistava sempre, onde está? Tornou-se senso comum o perfil do adulto estressado, irritado, engessado nos moldes, padrões e crenças sociais. Quando surge a notícia de profissionais que ganham a vida brincando é desencadeado um “processo investigativo” no íntimo de muitas pessoas: a”Por que eu, tão sério, responsável e trabalhador, não tenho essa sorte?”, questionam. Mas, será que se trata realmente de sorte ou da capacidade de liberar a criança que existe no interior de cada um? Criança é intuitiva, idealista, imaginativa e não se limita a “razões”. Infelizmente foi criado – sei lá por quem – um modelo de “adulto ideal”, que corresponde apenas aos anseios sociais e coloca de lado seus próprios desejos. O resultado disso é o número cada vez maior de pessoas tristes e insatisfeitas.

É possível ser um profissional competente, confiável, alegre e descontraído ao mesmo tempo. É possível equilibrar vida profissional, pessoal, financeira, física e desfrutar de mais tempo para conhecer coisas novas e curtir a família. Se isso não está acontecendo na sua vida é necessário eliminar a complexidade. Simplifique seu dia a dia. Criança tem tempo para tudo: acordar, comer, brincar, praticar esporte, estudar, criar e inovar. Você pode ter o mesmo equilíbrio sem deixar de lado responsabilidades e compromissos.

Elimine a idéia de que o lazer e o ócio são luxos distantes da sua realidade. Ao contrário, compreenda que eles são excelentes alternativas para reencontrar a sua criança, aquela que não tinha nenhuma dificuldade para criar e inovar. Inclua na sua rotina diária momentos de total descontração – relaxe sob uma árvore, aprenda um jogo diferente, assista a bons filmes, vá ao teatro ou simplesmente fique observando a natureza – desconsidere o receio de receber críticas. No início será natural sentir-se pouco a vontade em situações novas. Considere um tempo para adaptar-se às mudanças, mas jamais cale a sua criança interior. Ela merece a sua atenção e, certamente, será generosa ao retribuir a sua dedicação na busca de novas idéias e caminhos para uma vida mais prazerosa, produtiva e próspera. Libere e faça feliz a criança que existe em você!